quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Se eu ainda acreditasse em amor,
você seria o meu amor de carnaval.

"Eu colombina,
você pierrô."

Bom mesmo é ser retrô
em meio a tanta modernidade.

Desejar ser só sua
vestindo (ou despindo)
minha melhor fantasia...

Uma folia sem fim
perturbaria os meus sentidos...
Borboletas, pássaros e tudo que conseguisse voar dentro do meu estômago.

E no meio de tanta gente,
poderia escolher os teus braços
para descansar...

E nos teus lábios
desaguar...

Se eu ainda acreditasse em amor,
você seria o escolhido.

Suzan Keila

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Matar sonhos é crime.

Na ilicitude da minha alma
você foi julgado e condenado:

Culpado.

Eis um estilhaçador de sonhos...

Humanamente cruel,
destruidor de abstratos concretos...

Uma pena seria pouco
para o enredo da tua vida vazia.

Vida...vadia...vazia...

Tua sentença condenatória
é a culpa de uma vida
que há de carregar...

Por toda a tua vida...
Por onde ousar pisar...

Mas eis o trunfo ousado:

Sonhos não morrem.

São imortais.

Adormecem e
acordam outrora...

Fortes e duradouros.

Sonhos de areia,
abstratos concretos.





Satisfaço-me
em falar-te.

Despida, sentida e despudorada.

Um expectador,
apenas um.

Poesiarei mais um pouco...

Estás aí,
estou cá.

Habitamos aqui...

E a poesia nunca sucumbirá...
De Marte.

Transbordando poesia
ela insiste em ser clichê
sangrando eternamente aquela dor
do mesmo amor que não findou.

A rua mudou.

A casa mudou.

O riso mudou.

"E ela ainda está sambando..."

Ela é amor, é poesia, é sonho, é coração
e todos os clichês que não cabem em um ser.

Ela não cabe aqui.

Tudo é exagero.

Intenso.

Seus sonhos são maiores do que ela pode carregar...
E descarregar...

"E ela ainda está sambando.."

Ela?

Não cabe nesse mundo!
Cansaço da alma
tecido em poesia.

Grito contido.

Tristeza materializada,
outrora abstrata...

Sabe
         DOR
                    ia

Sabe DOR?
                     ia...

                         
Foi!
Ah...se o teu caminho
tivesse a mesma trilha
que ousa esbarrar no meu...

Ah...se a tua praia
fosse o mesmo mar
que o meu rio deságua...

Ah...se a tua rua
tivesse a mesma lua
que ilumina os meus avessos...

E se os meus versos
ecoassem por aí
sorrateiros em ti?

Entrelinhas...

Sutis...

Enfim...

Você tem medo de altura?!

terça-feira, 10 de março de 2015

Coração arredio
pulsando inquieto...

Perdi-me no último
suspiro sossegado
dedicado a ti...

E dedicar-me-ia
numa melancolia sem fim...

Agora jaz...

Do lado esquerdo da minha alma
mora um pote carregado de mágoas.
Eis que quando o sol se põe e
todos os risos dormem,
ele transborda em melancolia...

Que a tua maldade seja perdoada,
porque a minha fraqueza é tênue
como o bater de asas de uma borboleta...

Delicada e sutil.

Transborda,
coração arredio.
Derrama todas
as gotas de tristeza que há em ti...

E, quiçá, em outrora,
a vida há de tecer com fios de esperança...

As chagas que habitam em
minha alma.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Um toque de realidade e
muitas entrelinhas.

Você...

Sutil abstrato,
doce imaginação...

Quase posso sentir o pesar
das palavras sem ensaio e
ousar vê-las serem formadas
em teus lábios...

Pés no chão.

Entrelinhas são aliadas perigosas.

Os risos que não vi,
guardarei...
E hei de ouvir baixinho
os teus olhos expressivos...

Escorrega delicadamente
entre versos...
Doce ausência presente...

Do seu jeito,
Do meu jeito,
Do nosso jeito.

quarta-feira, 13 de março de 2013


Desejo e fantasia
embalados em minutos.

Minutos disfarçados de segundos.

Segundos maratonistas
aliados ao tempo
tramando um despertar desagradável...

Um ar distinto,
contrariava a natureza,
possuidor de cheiro e cor...

Foi instinto e só.

O cheiro, a cor, o vento, o tempo...

Uma conspiração sem fim.

Você estava lá.

Eu estava lá.

Desejando não desejar...

E desencantadoramente...

O cliente, o sorriso, a fila, o olhar, o caixa, as palavras sem ensaio...

O despertar!

As cores da alma.


Cores mórbidas
em desenhos vazios.

Vidas em branco e preto.

Desenhos inacabados e
brilhos contidos...

Minha alma é dotada
de todas as cores.

As mais vivas,
as mais vibrantes.

É combustível de
vida e alma.

Falta cor...

Rascunhos vazios e
desenhos grosseiros.

Corações sem cor
pulsando 'bradicardiamente'.

Lábios sem expressão
sorrindo mecanicamente.

Do preto e do branco...

O cinza.

Do preto ao branco...

As cinzas.