Minhas poesias não têm nomes.
Posso chamá-las de Minhas filhas ou de
Minhas crias.
Algumas poesias gritam forte.
Dessas que encaram a gente,
impõem nome, CEP e têm um belo porte.
Outras são mais sutis.
Andam tímidas pelos cantos.
Não querem ser batizadas,
nem reconhecidas.
Preferem ser tímidas e pagãs.
Só querem transbordar o
que a alma já não pode acomodar.
Essas são a maioria:
As Minhas Crias!
(Suzan Keila)
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