domingo, 25 de abril de 2010

Depois de você
não haverá mais ninguém
capaz de despertar
tanto amor.

Meu coração é quem diz
e grita ofegante.

É um sábio aprendiz.

Quero-te tanto bem,
que chega a apertar-me o miocárdio.

O músculo enrijece,
o músculo adormece.

O amor enrijece,
o amor adormece.

O amor permanece.

Depois de você?

Só os nossos genes
entrelaçados...

Quiçá com a aurora...
Amigas fiéis.

Inseparáveis.

Acobertam-se.

Sentimentos.

Versos.

Palavras.

Espaços.

P
 O
   E
    S
      I
       A


Ela e as entrelinhas.

Difícil compreender
tal fidelidade e
tanto bem querer.

sábado, 24 de abril de 2010

Minha poesia inacabada.

És tão lindo aos olhos de minh’alma,
que não ousam importar-se
os meus olhos biológicos.

O barroco mais perfeito
e uma delicada contradição.

Um diamante a ser lapidado,
carrega em sua (im)perfeição
o mais intenso brilho.

Você, Meu amor.

De tão (im)perfeito
encaixa-se perfeitamente
em minha (im)perfeição

O inacabado que há em você
completa-me...

E juntos,
somos um só.

Uma só poesia.

Uma só alma.

Um só diamante.

O que há de mais precioso.

Minha doce e imperfeita pedra nua,
serás o meu amor
enquanto a poesia existir.

Por todas as luas e
por todos os sóis...

A poesia não tem fim.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Alma muda.












































Espaços
em branco
ganham vida...


E poesia.


Falam mais que muitas palavras.


São os heróis da vez.


Gritam forte.


Querem ser compreendidos.


Tolos espaços.


Ninguém pode ouvi-los,
nem vê-los.


São mudos e
invisíveis.


Sensíveis espaços incompreendidos...


Assim como Minh’alma, talvez...


Olhos sinceros,
janela da alma.


Sentimentos
reversos.


Muitos espaços.


Muita poesia.


Existe um mapa?


Ainda não.


Só há um caminho.


Quem saberá?


Ter coragem é para poucos e
o desconhecido, intriga-nos.
Voar
de pés no chão.


Um segundo:


Ganho o mundo.


Paixão,
agonia.


Saudade doida
e doída.


Em seguida:


Estou de volta.


Beliscões,
calmaria.


Uma rima torta.


Amor que virou
amor...


Olhos fechados:


Voar não é pecado.


Só um pouco mais...


Uma carona com o vento,
um trato com o tempo...


E estarei de volta
ao amanhecer dos seus olhos.

sábado, 17 de abril de 2010

O quadradismo,
inspira-me.

Versos tolos.

Cafonice com uma pitada de
meninice.

Delicadamente,
uso a mesma dose de doçura.

Doce demais?

Ingênua demais?

O mesmo encanto de outrora,
ousa embalar os meus versos.

De amor e de saudade,
já cessaram as minhas palavras.

Perderei o pudor, talvez.

Só um pouco.

Serei sutil.

Mais amor e menos pudor.

Não é uma receita.

Podem findar...

E entranhar-se em poesia.

Perdendo-se,
podem encontrar-se:

A falta de pudor e
a poesia.

Belo casal.

Que sejam felizes.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Saudade atroz.


Sentimentos impudicos.


Seres irreais em
vidas distintas.


Aliados do vento,
inimigos do tempo.


Cambaleiam pela vida.


Refugiados de uma guerra.


A guerra da perseverança e
do desassossego...


Guerra das almas.


Um cantinho,
um cobertor...


Um carinho,
belas palavras...


Encanto.


Passe de magia.


A guerra cessou.


Aqui é um bom lugar.


Vamos ficar mais um pouco.


Estamos seguros.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Da poesia vieste,
à poesia voltará.

Eis uma encantadora sina.

Nossa sina,
sua sina.

Sussurro baixinho.

Ninguém pode nos ouvir.

Somos poesia...

Que vem com o vento...

Arrepiando-nos
com doçura...

Uma leve brisa,
e os mais sinceros risos, bobos...

Só p’ra você.

O vento levará meu recado.
É o nosso melhor amigo
e aliado.

Inconstante poesia nua,
inquieta-me os sentidos.

Sem receios.

De alma livre.

Somos eu e você,
vivendo uma utopia
até quase amanhecer.

Até findar-se em poesia.

Da poesia vieste,
à poesia voltará.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Eira, beira e tribeira.


Minha casa,
minha cara.


Sou pobre de eira.
Minha casa é sem beira.


Meu palácio,
herdei de nobres.


Sou rico de eira, beira e tribeira.


São as minhas maiores posses.


Mas cabe a alguém explicar,
quiçá um entendedor.


O que percorre as entrelinhas?


Que entranha-se sorrateiramente
no cimento?


E ninguém vê?


Eis a Eira da sabedoria;


A Beira do desassossego;


E a Tribeira da alma.


Essa, última,
é do rico, é do pobre.


É nobreza de espírito,
não há como herdar.
A Poetisa do amor


Intensidade é o seu sobrenome.


Fantasia é o nome do meio.


Deram-lhe papel e caneta e
tudo virou poesia.


Um acontecimento cotidiano e
um motivo p’ra poetar.


Ela achou que tinha asas.


Sensibilidade faz voar?


Faz cair, faz chorar...


Acho que não.


Só sabe falar de amor.


Tudo gira em torno dele.


Coração aberto ou apertado,
ousa tocar no mesmo assunto.


Tentou voar, mas caiu.


Sensibilidade não faz voar.


Cortaram-lhe as asas ou
eram de cetim.


Mesmo que por um instante,
de cetim, que fossem...


Olhos fechados.


Sensibilidade faz chorar.


E dói.


É de matar.

terça-feira, 13 de abril de 2010

De tanto amor
a poesia brilha
d’uma forma tão intensa
que cega o olhar
de quem ousa fitá-la.


Vêem-se as mais belas virtudes.


Escondem-se os defeitos.


O poeta é exagerado,
a poesia é exagerada.


Muito é melhor que pouco.


Melhor transbordar.


A poesia é quem manda.


Consegue ler nossa alma.


Encara-nos.


É poderosa.


Brilha, Minha poesia...
Ganha o mundo, vira arte.


Leva contigo um riso meu, de alegria
e estarei contigo por toda parte.
Uma encomenda:


Um “cento de palavras”.


E, talvez, a poesia aconteça.


Não aceito devoluções.


O mercado de palavras está em alta.


Pode apostar, Meu caro.


E, p’ra poesia fluir,
precisarei de algumas regalias:


Um friozinho, uma cadeira confortável, um suquinho,
a calada da noite, silêncio...


Ah!


O “cento de palavras” e
a bendita inspiração.


Entregarei tal encomenda.


Data marcada e lugar.


Sem enrolação.


Terá suas cem palavras.


Conexas ou desconexas.


Elas chegarão.


Devagarzinho...


Estão vindo com o vento.


E basta uma leve brisa,
p’ra poesia fluir...


Pronto.


Aqui está:


A poesia
da falta de poesia,
em cem palavras.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lembranças de outrora,
códigos infantis.


Fantasias adultas.


Inspira-me,
hoje.


Certo ou errado;


Virtudes e atitudes;


Religião;


Um Chico que canta poesia;


E as entrelinhas...


Ah...as entrelinhas!


O que ninguém ousa falar.


Quase posso ouvi-la ou tocá-la.


Uma Desconhecida Conhecida,
despindo sua alma.


Um Desconhecido Conhecido,
lendo-a
delicadamente,
como quem lê uma poesia, nua.


Não precisa bater.


Sem alarde.


Pode entrar.


A porta está aberta.


Use o código.


Até breve.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O menino,
a sabedoria.


O homem,
o tempo.


Não seria o oposto?


Dizem que a sabedoria é herança do tempo.


Melhor acreditar nas crianças.


Fico com elas.


Puras de coração,
desconhecem a solidão.


Sabedoria de sorriso,
olhar, toque, brincadeiras...


Doce e ingênua sabedoria infantil.


Atraem o nosso melhor sorriso,
balbuciando algo incompreensível.


E só de olhar, aprendemos,
mesmo sem entender.


Tardia sabedoria humana,
adorável sabedoria pequenina.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mulheres anônimas.


Sem elas,
o que seria do mundo?


Maria, Maria Madalena, Suzana, Verônica...


Docilidade e sensibilidade.


Fidelidade e Confiança.


O “sim” de Maria.


O “não” de Suzana.


A coragem de Verônica e Maria Madalena.


Mulheres anônimas,
reconhecidas por suas histórias.
Superando a desvalorização feminina da época.


Mulheres anônimas nos rodeiam todos os dias.


Sônia, Maria, Edite, Salete...


Dizem seu “sim”, pegam suas cruzes e seguem suas vidas.


Doce perfume de desconhecidas conhecidas,
sensível poesia que ecoa em nossos ouvidos.


Discípulas de Jesus,
no meio de nós,
carregam sua cruz.