segunda-feira, 7 de julho de 2008

Ela e a Felicidade II

Felicidade voltou e
acalentou a irmã.

Fizeram as pazes.

As duas,
como uma só.

Uma só alma.

O que outr'ora doía,
já passou.

A inquietante agonia,
já sarou.

Uma constante alegria,
paira entre as duas.

Ela, faz uma prece.

Pede a Felicidade
que não a deixe mais sozinha.

A outra, pede perdão.

Diz que sempre estarão juntas.

E caso Ela não ache.

Que procure dentro de si.

Porque as duas,
são como uma só.

Ela e a Felicidade.

(Suzan Keila)
Ela e a Felicidade.

Eram irmãs.

Estavam sempre juntas.

Sorrisos e beliscões.

Doía nela,
a outra sentia.

Aprontavam todas.

A mais danada era a felicidade.

Brincavam de esconde-esconde.

A danada escondia-se no mais secreto esconderijo
e demorava a voltar.

Ela, entristecia e
não queria mais brincar.

Quando a outra voltava,
eram de novo,
como uma só.

Um dia,
a alegria deu espaço a tristeza.

Felicidade foi esconder-se de novo,
diz ter achado um bom lugar.

Ela, ficou sozinha.
A irmã está demorando a voltar...

Ela e a Felicidade brigaram.
E agora? Como será?

(Suzan Keila)
Poeta,
adormecido.

De poesias engavetadas;

De fantasias guardadas;

De dores superadas...

Abre a gaveta
dos teus sentimentos.

Desperta tuas letras,
que adormeceram no tempo.

Poeta,
meu amigo.

Solta tua poesia.

LiVRE.

Aos quatro ventos.

Fale de dor
ou de alegria.

Transforme em arte
a tua agonia.

Poesia livre.

Alma livre.

Ser livre.

Fantasia livre.

Como um grito da alma,
derramado no papel.

(Suzan Keila)
Acordou
ou ainda dormia.

Realidade?

Fantasia?

O lugar era lindo.

Muitas cores.

Não havia nada pela metade.

Tudo era muito e
por inteiro.

As cores tinham um brilho tão intenso
que ofuscava o olhar de quem ousava fitá-las.

O lugar.

Desconhecido.

Tinha um cheiro bom...

Cheiro de felicidade nova,
dessas que acabara de brotar
d'um jardim regado a sorrisos bobos
de apaixonados que passavam por lá.

O som...

Aconchegante como a voz de uma mãe
em uma cantiga de ninar...

Abriu e fechou os olhos:
O lugar ainda estava lá.

Um travesseiro e um cobertor.

A febre cessou.

A cantiga era real.

E o lugar?

Quem saberá?!

(Suzan Keila)