quarta-feira, 31 de agosto de 2011


De tantos casos
enquadro-me no caso
em que o acaso me puser...

Utópico, é raro;
Fictício, é fato.

Amante em poesia...

Desnuda...
Em corpo e alma.

-Decifra-me...
Como um delicado desafio
ousa findar em gozo.

-Devora-me...
Como um ávido predador
no ápice do instinto.

Sua serei
em suor e sabor.

Despida em poesia,
essencialmente nua...


Um paradigma em desalento,
tênue como um cristal
a ser delapidado...

Só para você.

domingo, 28 de agosto de 2011

Química e história
fantasiando o mesmo enredo.

No amor,
mãos dadas...

Na real,
mãos atadas...

Cabem na mesma frase.
Perdem-se no contexto...

Querida poesia...
Perdi-me entre as linhas
da história da química contemporânea...

Sou réu confesso,
pecadora arredia...

Matei a minha vontade
sem matá-la de verdade.

Um tiro com balas de festim.

E ela ainda vive...

Agonizando...

Vontade que anseia saudade...
Saudade que inspira vontade...

Materializada em poesia,
Imaterializada no ato.

A poesia vai além dos desejos.

sábado, 20 de agosto de 2011



Tão perto, tão leve...

De olhos fechados
ela quase pode imaginar
cada linha escrita
de cada frase não dita.

Um toque no silêncio,
conduzindo-o ao pesar
de versos tão singelos.

“Pecado é lhe deixar de molho”...

Ingenuidade singular...

Palavras que encantam...

Afinidade infinita...

Lugar errado,
hora errada.

Fecha os olhos novamente
e deseja não desejar.

Uma noite seria pouco
para o tanto de vida
a desenredar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Racionalmente étnico.


Uma cor muda e expressiva. Uma voz estonteante. Alguém consegue ouvi-la. Quem entenderia o grito abstrato de uma cor? As crianças entenderiam... Raça e etnia seria complicado demais para a maioria dos adultos, mas os de pouca idade simplesmente entenderiam. A racionalidade da raça inexistente, no contexto, ou etnia, que seja, perturba-me os sentidos. Minha consciência é negra, é branca, é amarela, é de todas as cores. As cores das minhas atitudes. Não preciso da "isonomia" para saber que somos iguais. Alguns precisam. Precisam de mais do que isso. Uma consciência racionalmente étnica e isonômica, quiçá... Brancos com consciências negras, negros com consciências brancas. E findam em Brasil. Mamelucos, malucos, cafuzos, confusos...IGUAIS.


Opa...mas ainda tenho que responder ao censo e o meu bom senso me pede para ser imparcial...


Sou verde, sou a "meninazinha de olhos verdes", de Mario Quintana:


A Esperança.