quarta-feira, 31 de março de 2010

Minha esperança está na poesia.

Se todos fossem puros de coração,
a poesia ganharia vida.

Como nos contos infantis.

Bastaria escrever
p’ra acontecer.

Falta amor?

Aí vai ele:

A M O R

Pronto.

Ganhou vida, saltitou por aí...

Não falta mais nada.

Desenharam o bastante.

Só o amor.

O amor faz
um filho
uma feira
uma faculdade

O amor faz
Ler e escrever
Dançar e tocar
Ouvir e falar

O amor faz poesia,
a poesia é amor.

Tudo é amor.

O resto é besteira.
Um beijo saudoso,
uma breve despedida.


A batida da porta,
o barulho do carro, lá fora.


E meu coração palpitou,
aqui dentro.


Vestígios de uma chuva.


E a saudade já começa a cingir.


Temo por amar demais.


Já dizia o poeta:
Alguém sempre ama mais.


Amo-te tanto, Meu amor...


Que não sei o que tens e o que fazes
p’ra despertar tanto amor.


Um sorriso teu
alegra o meu dia.
Como a flor que desabrochou,
deixando a manhã e o jardim mais belos.

E a poesia acontece...

Assim é você, Minha flor.


Meu homem, Minha flor, Meu amor.
Um bom poema é aquele que nos dá a impressão

de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!


Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo

domingo, 28 de março de 2010

Tenho pressa de te amar.

Do nosso jeito.

De sentir o cheiro
do nosso lar.

Do amor caseiro,
de todo dia.

Do sorriso matinal,
em meio a correria.

Das conversas a toa
e o cansaço diário.

Tenho pressa das nossas contas a pagar.

Um dia me arrependerei de tal frase,
mas, hoje, tenho pressa das nossas contas a pagar.

(Suzan Keila)
Meu mundo:

Minhas poesias,
minhas crias.

Minha alma nua.

Seu mundo, por mim:

És minha poesia,
Meu criado e minha cria.

Minha doce e insensível poesia.

A sua magia está em não entender.

(Suzan Keila)

terça-feira, 23 de março de 2010

Não é que tudo se resuma ao amor,
mas as coisas mudam de ponto de vista.

E como mudam.

Um dia o "Castelinho de areia" parece frágil,
parece que vai desabar...

No outro, o "Castelinho de sonhos"
já está mais firme
e até mudou de composição.

Agora não é mais de areia,
é feito de sonhos fortes e concretos!

(Suzan Keila)
Minhas poesias não têm nomes.



Posso chamá-las de Minhas filhas ou de

Minhas crias.



Algumas poesias gritam forte.

Dessas que encaram a gente,

impõem nome, CEP e têm um belo porte.



Outras são mais sutis.

Andam tímidas pelos cantos.

Não querem ser batizadas,

nem reconhecidas.

Preferem ser tímidas e pagãs.


Só querem transbordar o

que a alma já não pode acomodar.



Essas são a maioria:



As Minhas Crias!


(Suzan Keila)
A força da natureza e
uma definição:

!!!

Em gestos,
não em palavras.

A intensidade com que tudo acontece...

Intensa.

Em cada atitude, em cada palavra...

Entrego-me.

Entre palavras e sorrisos...

O Castelinho de areia
ganha vida, cor e história.

(Suzan Keila)
Abandonei minha poesia.

Poderia tê-la guardado.

Uma caixinha?
Algo de bom 'grado!

Um lugar onde pudesse revê-la.
Nua, como minha'lma.

Não o fiz.

Larguei-a.

Deixei- a na sarjeta
dos meus sentimentos.

Em um lugar qualquer...

Padecia minha poesia.

Longe dos meus olhos,
enrubescendo-me a face.

Ainda é cedo.

E encantadora, és minha poesia.

Não guarda rancor,
Nem hipocrisia.

Ainda sinto o teu cheiro,
De onde está bem guardada.

Cheiro de letras tristes e enamoradas.

Aguardo tua volta,
Minha Poesia Encantada.

(Suzan Keila)
Ao Meu amor

Não o mais perfeito
e que bom ter defeitos.

Tem um jeito só seu,
sussurrando ser só meu.

Ah...

Impaciente perfeição divina.

Talvez seja a minha sina
desejar sermos um só
para todo o sempre...

Amém.
O amor é bom.

Certa vez, escrevi que o amor era ruim.
Escrevi que o amor era como as bruxas dos contos de fadas:

Traiçoeiras.

Um dia, reli tal texto e descobri:

Não era amor.

Ufa!

Não sou nenhuma doutora em amor,
sou uma menina-mulher que ama, ama, ama
e não cansa de amar.

Mas, hoje, sei o que é o amor.
Não me faltam palavras, gestos e atitudes para explicá-lo.

Eu sei responder, eu sei explicar.

Amor não é frio na barriga,
é cuidado com o outro, é doar-se.

O verdadeiro amor faz o bem,
vive para o bem.

O mesmo amor que Deus reservou para nós
e que deixou como ensinamento.

Um amor humano e
tão sobre-humano.

Amor puro e gratuito,
calmo e paciente.

Amor é calmaria,
é certeza.

E é nessa calmaria que ponho o meu barco
rumo ao mar...

O amor é bom.

(Suzan Keila)