sábado, 3 de novembro de 2007

Chorava baixinho,
porque não podia chorar.


Chorar é feio e
homem não chora.


Pôs-se então a soluçar.

Soltou o choro contido,
feito uma criança.


Só ele sabia o tamanho da dor que doía...

Doía nele e o acompanharia
por toda hora e lugar.


Como uma fisgada no peito,
estraçalhando-lhe o miocárdio.


Era uma dor danada de braba,
rasgava-lhe o músculo e a alma!


O sofrimento que tirava-lhe o ar,
era amar e não saber valorizar.


O penar de se perder um grande amor e
não saber o caminho p'ra voltar...


(Suzan Keila)

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