terça-feira, 13 de abril de 2010

Uma encomenda:


Um “cento de palavras”.


E, talvez, a poesia aconteça.


Não aceito devoluções.


O mercado de palavras está em alta.


Pode apostar, Meu caro.


E, p’ra poesia fluir,
precisarei de algumas regalias:


Um friozinho, uma cadeira confortável, um suquinho,
a calada da noite, silêncio...


Ah!


O “cento de palavras” e
a bendita inspiração.


Entregarei tal encomenda.


Data marcada e lugar.


Sem enrolação.


Terá suas cem palavras.


Conexas ou desconexas.


Elas chegarão.


Devagarzinho...


Estão vindo com o vento.


E basta uma leve brisa,
p’ra poesia fluir...


Pronto.


Aqui está:


A poesia
da falta de poesia,
em cem palavras.

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